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  • Foto do escritorMICHELI CRISTIANE

ATIVIDADE REFERENTE 03 A 06 E 09 A 13 DE NOVEMBRO, 8 ANO B/C

PAUTA 8 ANOS B/C


– Prof.Micheli - EDUCAÇÃO FÍSICA 🏋️


✳️ CONTEÚDO: DANÇAS DE SALÃO

✳️ ATIVIDADE: DANÇAS DE SALÃO CARIBENHAS – MERENGUE


✳️ ATIVIDADE: DANÇAS DE SALÃO CARIBENHAS - RUMBA



🎥 VÍDEO: Merengue Bachata dance - Edwin & Dakota - Joan Soriano Maria Elena


🎥 VÍDEO: Rumba Dance Performance at Ultimate Ballroom Dance Studio in Memphis



Merengue: maravilhosamente mexido!


A história do Merengue é uma história de escravidão, de reinvenção, de ascensão política e de grande paixão pela música e pela dança que orgulhosamente exibem esse nome. Não é qualquer uma que se torna a dança nacional de um país… conheça a ascensão deste doce Merengue.


História de um merengue


Considerada a dança nacional da República Dominicana, o Merengue tem origens marcadamente crioulas e, remontando aos finais do século XVIII, início do século XIX, é o resultado da fusão entre o Minuet africano e francês. Depois de observar os grandes bailes dados pelos seus “senhores”, os escravos negros reinpretavam essas danças, que consideravam demasiado entediantes, adicionando o batuque dos tambores e passos mais rápidos. Entre 1838 e 1849, esta dança, na altura conhecida como Upa Habanera (Upa de Havana) começou a difundir-se pelas Caraíbas, tendo sido muito bem recebida em Porto Rico. Um dos passos dessa dança chamava-se “merengue” e, quando a novidade chegou à República Dominicana a dança ficou rapidamente conhecida por esse nome. Nessa altura, era a Tumba que dominava as pistas de dança dominicanas e a alta sociedade olhava com desdém para o recém-chegado Merengue, apontando as suas letras – recheadas de conotações sexuais e políticas – como simplesmente vulgares.


Uma ascensão política


Passo a passo, o Merengue foi conquistando o seu lugar e, em 1850, já destronava a Tumba, mas manteve-se uma dança exclusiva das classes média-baixa. O auge da sua popularidade deu-se em 1930 quando Rafael Trujilo – grande fã do Merengue – utilizou essas músicas na sua campanha presidencial. Luiz Alberti escreveu uma letra “decente” para a ocasião e assim nasceu o tema “Compadre Pedro Juan”: aceite por toda a sociedade unanimemente. Tornou-se, a partir de então, na música simbólica da cultura nacional, mas devido à ditadura de Rafael Trujilo o Merengue adoptou durante, as três décadas seguintes, uma postura e um som mais sóbrio. Renasceu em 1961 com o assassinato de Trujilo e, ao ser exportado, o Merengue ganhou novo fôlego com as influências do rock e R&B americano, bem como alguns elementos da Salsa cubana. A paixão pelo Merengue é ainda partilhada pelos povos de Porto Rico, Haiti, Venezuela e Colômbia.


Dança comigo?


De uma leveza surpreendente, apesar dos seus ritmos curtos, rápidos e precisos, o Merengue – que requer um par de bailarinos com vontade de se entrelaçarem – é uma das danças mais simples e divertidas de aprender. O passo base de toda a sua estrutura é elementar: enquanto um dos pés marca o tempo, o outro é arrastado no chão. As pernas comandam esta dança frenética, contrastando com os membros superiores, que se mantêm praticamente imóveis. Tudo isto acontece ao som da música Merengue que fica no ouvido e contagia os pés graças à harmonia proporcionada por saxofones, acordeões, trompetes, teclados, guitarras electrónicas e sintetizadores, sem esquecer os vocalistas que interpretam letras muito engraçadas.


Lendas dançantes


Não é todos os dias que descobrimos lendas fabulosas por de trás de um determinado estilo de dança. Embora não saibamos se se trata de facto ou ficção, a verdade é que são histórias divertidas que talvez possam ter influenciado a forma de dançar Merengue. A primeira lenda conta que esta dança começou com os escravos que, acorrentados uns aos outros, viam-se forçados a arrastar uma perna para poderem trabalhar nos campos de cana-de-açúcar. A segunda fábula diz que um dos grandes heróis de guerra da República Dominicana foi lesionado numa perna e quando regressou à sua terra natal, a comunidade recebeu-o com uma enorme festa. Com respeito pelo que lhe tinha acontecido, todos dançaram como ele: a coxear e a arrastar uma perna! Há quem diga ainda que o Merengue foi buscar a sua designação ao doce com o mesmo nome (em português são os suspiros) – leve e doce, tal como a dança. A estrutura musical baseia-se em instrumentos de corda, como o violão, percussão e acordeão.


Rumba: uma explosão de emoções


A mais lenta das cinco danças de salão latino-americanas de competição (Passo Doble, Samba, Chá-chá-chá e Jive), a Rumba já foi uma dança de fertilidade e hoje continua a ser um jogo de sedução entre homem e mulher. Se a música é a expressão dos nossos sentimentos, a Rumba conta uma bela história de amor.


De onde veio a Rumba?


Tal como muitas outras danças, também a Rumba nasceu no seio da cultura e ritmos africanos, neste caso a dos negros que chegaram a Cuba durante o século XVI, trazidos pelos espanhóis. Oriundos de Quimbundo, Crioulla e Guiné, essas tribos africanas tinham coreografias com conotações sexuais explícitas que eram executadas ao som dos ritmos produzidos com simples utensílios do dia-a-dia. Inicialmente uma dança de fertilidade, os bailarinos faziam uma pantomina dos momentos que antecediam o acasalamento de aves e outros animais. É lógico que, naquela época, esta dança escandalizou os brancos, mas não os afugentou por completo – depois da abolição da escravatura em Cuba em 1886, os negros deixaram os campos e instalaram-se, lado a lado com os brancos assalariados, nas periferias das pequenas aldeias e cidades. Foi apenas uma questão de tempo até começarem a “rumbear” juntos.


Rumbear é festejar


A própria palavra “Rumba” está conotada com um ambiente festivo, significando mesmo “festa” ou “fiesta” à boa maneira cubana. Um “rumbeiro” era uma pessoa festiva, que gostava de se divertir ou de “rumbear”. E a verdade é que a festa em torno da Rumba foi-se fazendo, ganhando maior evidência durante os loucos anos 20, até ser novamente banida em 1925, por ordem do presidente Machado que a declarou inapropriada face aos bons costumes cubanos. No entanto, em Cuba ninguém deixou de dançar a Rumba, optando antes por suavizá-la: eis que surgiu o “Son”, uma versão modificada, mais lenta e mais “bem-educada” da Rumba; e ainda a “Danzon”, uma versão ainda mais lenta do “Son”. Curiosamente, foi esta a Rumba que persistiu e que correu o mundo e os salões de dança com grande sucesso.


Dança romântica


Apesar da Rumba ter sido modificada e “humanizada” ao longo de vários anos consecutivos, a verdade é que a base da sua coreografia manteve-se: uma mulher utiliza os seus encantos (e técnicas de dança exímias!) para seduzir um homem, dando largas a um verdadeiro jogo de sedução na pista de dança. Os movimentos de provocação e de fuga sucedem-se, em grande cumplicidade e intimidade, uma vez que a Rumba não é uma dança móvel, ou seja, não se desloca em torno de toda a pista como muitas outras. Intensa, lasciva, lenta e apaixonante, dá-se uma enorme importância à expressão corporal, mais do que ao trabalho de pés, existindo vários movimentos sensuais (e até alguns eróticos e agressivos), potenciados pelos ritmos musicais das maracas, marímbulas, tambores e outros instrumentos de percussão. É uma dança romântica e insistente onde existe paixão e conquista, mas também tristeza e rejeição.


Trajes com história


Curiosamente, os trajes que os bailarinos ainda hoje envergam para dançar a Rumba mantêm um simbolismo forte que aponta para as raízes longínquas desta dança: os folhos que muitas vezes decoram a saia da mulher representam as penas de uma galinha, enquanto os folhos que embelezam a camisa do homem (no peito ou nas mangas) representam as penas de um galo. O vestuário dos dançarinos é uma clara ilusão à primitiva Rumba, onde se honrava a fertilidade e o acasalamento das aves e de outros animais.


Quatro estilos, uma paixão


Os ritmos latinos fascinantes e as expressões corporais sedutoras continuam a fazer da Rumba uma das danças mais procuradas ainda hoje. Talvez por isso, subsistem quatro estilos de Rumba, igualmente apelativos, igualmente dançantes.

1. El Guaguancó: talvez o estilo mais dominante dentro da Rumba, privilegia um jogo de sedução dançante entre homem e mulher, onde o homem tenta conquistá-la com movimentos pélvicos possessivos e a mulher, evitando ser conquistada, foge e cobre-se. Também se verifica o inverso.

2. La Conga: muito praticada durante as festas carnavalescas, os bailarinos, com disfarces vários, levam esta Rumba para as ruas, onde dançam de costas uns para os outros, executando movimentos circulares e repetidos.

3. La Columbia: exclusiva de Cuba (nasceu numa região do interior com o mesmo nome), esta dança tem várias outras particularidades – é dançada rapidamente por apenas um homem, que executa, para além dos seus passos de dança frenéticos, movimentos acrobáticos.

4. El Yambú: esta Rumba lenta e mais comedida, é dançada com movimentos próprios que ambos os dançarinos executam em simultâneo; não existe qualquer tipo de jogo de sedução ou conquista e é uma dança quase exclusivamente reservada aos grupos de dança profissionais de Cuba.


Instrumentos típicos

congas, claves, chocalhos







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